Com as novas demandas tecnológicas, cada vez mais pessoas vêm aderindo o trabalho on-line. Nos últimos meses, essa premissa ficou ainda mais forte devido à pandemia do novo coronavírus, e trabalhar longe dos escritórios tem sido o novo cenário do mundo coorporativo.
Ao mesmo tempo, muitos também aproveitam a paixão por viagens e aliam esse desejo aos seus projetos profissionais. O resultado disso são os nômades digitais – profissionais que trabalham de qualquer lugar do mundo e usam essa flexibilidade para viajar desde que tenham o material necessário, como um notebook, além do fácil acesso a uma conexão de internet.
O nomadismo digital é uma tendência de comportamento em grande parte do mundo. A relação das pessoas com o trabalho mudou, permitindo que muitos decidam em qual cidade viver, independentemente de onde funciona a sua empresa. O aumento do número de pessoas trabalhando exclusivamente de forma remota despertou o interesse de muitos países em atrair a figura do nômade digital, pois a possibilidade de exercício de suas atividades a partir de diferentes localidades pode contribuir na movimentação da economia local. Algumas cidades são mais amigáveis para receber os nômades digitais: custo de vida baixo, boa infraestrutura, internet rápida e outras questões, como o idioma, pesam na escolha.
A Prefeitura do Rio de Janeiro já possui um novo programa de turismo, o Programa Nômades Digitais, que incentiva a estadia longa de empreendedores e executivos que trabalham à distância. A iniciativa tem o objetivo de colocar a cidade maravilhosa como o polo de nômades digitais da América Latina. Até o momento já são 56 hotéis, 14 hostels e 18 espaços de coworking cadastrados no Rio prontos para receber esses trabalhadores remotos.
REGRAS PARA O VISTO
Ainda não há no Brasil nenhuma regra específica para concessão de visto para nômades digitais. As políticas e requerimentos para concessão de visto para nômades digitais dependerão das regras de imigração de cada país. Atualmente, o processo foi acelerado pelos desafios impostos pela pandemia, e alguns países ao redor do mundo já estão disponibilizando esse tipo de documentação, pois os vistos tradicionais de trabalho não se adequam à realidade do nômade digital.